O documentário Laboratório
Brasil aborda um tema desconhecido pela nova geração de brasileiros: como é
viver com inflação e a complicada série de tentativas de acabar com ela nas
décadas de 80 e 90.
A
produção, dirigida por Roberto Stefanelli, ouviu pessoas que tiveram papel de
destaque no cenário da hiperinflação, que chegou a mais de 80% ao mês no final
do governo de José Sarney, além de observadores privilegiados daquela situação.
Gente como Bresser Pereira, Gustavo Franco, Fernando Henrique Cardoso, Antonio
Pallocci, Carlos Alberto Sardenberg, Paulo Nogueira Baptista, Fernando de
Holanda Barbosa, Bernard Appy, Vicentinho e Pedro Malan. O documentário mostra
ainda cartuns de Chico Caruso e pronunciamentos feitos na época por José
Sarney, Fernando Collor, Zélia Cardoso e Maílson da Nóbrega, entre outros.
Laboratório
Brasil tem duração de 58 minutos e analisa os acontecimentos econômicos dos anos
1980, principalmente as medidas que resultaram na adoção de uma nova moeda, o
cruzado, em 1986, quando o governo Sarney decretou também o congelamento de
preços e salários. "Era o primeiro governo civil depois da longa ditadura
militar. Os brasileiros imaginavam que iríamos festejar dias melhores. Como
vemos hoje, havia uma longa e tortuosa estrada pela frente, com inflação
galopante e moedas como cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro novo,
cruzeiro (de novo), URV e Real", afirma Steffanelli.
Neste
período, lembra o jornalista e cineasta, o Brasil bateu todos os recordes de
inflação em todo o mundo, superando até mesmo a Alemanha, que passou por duas
guerras mundiais. O documentário mostra a situação dos brasileiros que eram
obrigados a sair correndo para o supermercado momentos depois de receber o
salário, numa luta contra a remarcação imediata dos preços.
Stefanelli aponta o caráter instrutivo da produção. "Se não conhecemos bem a nossa história, corremos o risco de repetir erros. Hoje, os governantes têm medo de estourar os gastos públicos e provocar a volta da inflação", conclui. Roberto Stefanelli já dirigiu cinco documentários e ganhou, em 2004, o prêmio jornalístico Wladimir Herzog de Direitos Humanos, concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, com o documentário Florestan Fernandes, o Mestre, que teve a direção de edição feita por Joelson Maia.
Stefanelli aponta o caráter instrutivo da produção. "Se não conhecemos bem a nossa história, corremos o risco de repetir erros. Hoje, os governantes têm medo de estourar os gastos públicos e provocar a volta da inflação", conclui. Roberto Stefanelli já dirigiu cinco documentários e ganhou, em 2004, o prêmio jornalístico Wladimir Herzog de Direitos Humanos, concedido pelo Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, com o documentário Florestan Fernandes, o Mestre, que teve a direção de edição feita por Joelson Maia.
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